Feb 10, 2009

Levantava a cabeça e tentava olhar para sua mãe. Era bonita. Sempre a achou parecida com a Branca de Neve. E dizia isso sempre. Olhava para ela e já entendendo um pouco das coisas da vida, perguntou a ela por que ela não usava o anel de formatura. A mãe respondeu que não tinha, porque nunca gostou faculade, não teve turma, colou grau sozinha, ela e o reitor.

A pequena, mesmo sem saber o que seria colar grau, jurou que iria ter um lindo anel de formatura quando "fosse bem grande". E assim o fez.

Apesar de quase não ter conseguido terminar a sua faculdade, aquela que ela própria escolhera cursar, dentre tantas opções, anos antes, mesmo assim insistiu e fez questão de participar de todos os eventos a que tinha direito. E queria o seu anel de formatura.

Não queria aqueles que ela via sendo expostos na faculdade. Escolheu cuidadosamente e por fim comprou (o pai deu) um desenhado apenas para ela. Simples e bonito. Parecia com ela. Tinha algo que a hipnotizava: ela passava horas olhando para ele.

Passada a empolgação, continuava hipnotizada. Dessa vez, porque não conseguia usá-lo. Não se achava merecedora daquele símbolo, do que ele significava, da profissional que nunca viria a ser.

1 Comment:

  1. Asgardiano said...
    uma vez eu li que nunca e pra sempre são palavras que não existem.

    Sempre e nunca é muito tempo e a gente só conquista as coisas um dia de cada vez.

    Não tem um ditado que diz que o destino não está talhado na pedra? Pois é por aí, depende das escolhas no caminho.

    bjos

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