Nov 1, 2009

[Para ouvir ao som de Trocando em Miúdos, na versão de Chico Buarque]


Ela acordou com aquela sensação, que ela nunca soube explicar como era, mas sempre sabia que algo ia acontecer. E nunca, nunca, em todos esse anos, foi algo bom. E mesmo assim, mesmo sabendo como ele estava, ela resolveu ignorar o aviso que ela recebera talvez, quem sabe, antes mesmo de acordar. E foi.

Em menos de cinco minutos, eram só lágrimas, questionamentos, arrependimentos. Nem ela sabe como ela aguentou guardar tudo aquilo para ela e só para ela. E ficou quieta e dormiu, por horas e horas, mas um sono leve, ao menor barulho ela acordava - esperando por um telefonema que não vinha.

Rezou. Sentou e rezou; as manchas das lágrimas ainda estão lá, como prova do momento de desespero, misturado com fé e alguma esperança de que tudo melhorasse e que aquela dor fosse embora.


E valia a pena? Depois de tudo isso, depois de tantas e tantas cenas repetidas, em meio à sua conversa particular com Deus, ela se questionou e O questionou. 


Foi tomada por uma coragem e força que ela não fazia idéia que tinha. Foi firme, foi dura, foi clara e objetiva. Direta. E se impôs. E colocou condições. Se ela tinha conseguido fazer tudo isso, sem derramar uma única lágrima, recebera sua resposta. 


Valia a pena, sim. E sua fé foi renovada, mais uma vez and over and over.







1 Comment:

  1. Sued said...
    Super emocionante o texto, bem a cara do que eu passei...

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