Jan 26, 2009
Um amigo anunciou que vai ser pai.
E, depois do anúncio, disse que quando a metade da idade da esposa dele der mais de 18 anos, ele troca por uma de 18 (ou duas, não sei).
Eu, boquiaberta. Não tinha espelho por perto, então não sei exatamente qual foi a minha expressão com tamanha asneira, mas certamente não foi boa, porque ele passou a explicar:
"Ora, meu pai é casado com uma de 23 e eu tenho um irmão de 2; meu avô casou com uma de 19; meu bisavô se juntou com a empregada, de 22. Eu tenho a obrigação de manter o bom nome da família, né?"
É, né?
Jan 21, 2009
- Sei...
- É que mesmo com carro, é longe e eu tenho um monte de coisas para resolver por aqui, fica mais perto e é mais prático mesmo.
- unhum
- Só que eu alugar um apartamento para morar sozinho não tem a menor graça, mas para poder dormir abraçado com você o resto da minha vida é a melhor coisa.
[suspiros infinitos]
Jan 20, 2009
Sabe de uma coisa?
Desisto.
Mas lembre-se que o mundo dá muitas voltas.
[chorando muito]
Jan 15, 2009
O casal entrou no carro, ele a elogiou. Ela sorriu, feliz. Chegaram ao destino e, porque chovia e ele não queria que ela se molhasse, pediu que esperasse, pegou um guarda-chuva e foi abrir a porta para ela. Quase instantaneamente ela soltou um "oooooowwww". ´Daí começaram uma discussão sobre gentileza:
- Não faz mais isso, por favor.
- Isso o quê?
- "oooooowww". Parece que eu nunca faço uma gentileza para você.
[pensou que ele quase não fazia, mas resolveu que era melhor não expressar esse pensamento]
- Você faz, querido (an-han). Mas eu fico feliz todas as vezes que você faz.
- Você não entende que fazendo isso você está me cobrando? Me faz parecer um grosso que não faz nada por você e te deixa jogada?
- Ahn? Não, não é nada disso. Você é gentil, não quero que você se sinta cobrado, muito pelo contrário. É uma forma, até de demonstrar que eu gostei da gentileza.
- Gentileza a gente faz porque tem um resultado.
-Claro que não. Gentileza a gente faz pelo prazer de fazer algo por alguém, sem esperar receber nada em troca, simplesmente porque é gentil.
- Você está insinuando que eu não sou gentil??
[ai meu Deus...]
A dor vinha represada há dias, a mulher desejava apenas que não vazasse em hora imprópria, mas que controle poderia ter? Estava dirigindo rumo ao supermercado, quando uma música escapou do rádio para devorá-la inteira, e então, às dez e vinte de uma manhã de sexta-feira, numa rua bastante movimentada, ela começou a chorar.
Buscou os óculos na bolsa, mas não desligou o rádio, pois já não havia remédio, agora que desaguava. Os pensamentos aproveitaram a correnteza e invadiram o cérebro, cristalinos. Todas as verdades emergiram juntas: já que não havia mais como parar o sofrimento, ao menos seria prudente estacionar o carro. Procurou uma rua calma, encostou no meio-fio, mas havia pessoas na calçada. Arrancou. Em outra rua, estacionou diante de um prédio, mas logo viu o porteiro levantando do banquinho e se aproximando, quem é essa estranha a esta hora? Foi embora.
Deslizou por avenidas que exigiam mais velocidade, mas não conseguia ultrapassar os quarenta quilômetros por hora, impossível ir rápido para lugar nenhum. Ela passeava lentamente pela tristeza que finalmente tinha vindo ao seu encontro, sem escolher o momento.
Perto do supermercado, quando já parecia que estava começando a se controlar, uma nova implosão jogou mais e mais lágrimas pra fora, precisava parar. Foi para os arredores de um coléio, mas ali não era seguro, havia muitos conhecidos.
Tentou uma pequena e abandonada alameda residencial, mas viu olhos espiando por trás das cortinas. Foi um pouco mais adiante, aprou de novo em frente a um terreno baldio, e aí foi o medo que não permitiu que ficasse, era só o que faltava ser vítima de alguma outra violência, já lhe bastava o assalto dessa emoção que não cessava.
O ray-ban apoiado no nariz vermelho tentava esconder a pele úmida. Que ninguém alinhe o carro ao lado do meu neste sinal fechado, ela pensava enquanto pensava também em como estava vivendo a vida errada, a vida de outra pessoa que não era ela. Por onde começar a procurar aquela outra que havia sido um dia? Não se dava conta de que era exatamente o que acontecia, o tumultuado encontro dela com ela mesma a lhe atropelar por dentro.
Diminuiu o ritmo perto de uma igreja, mas havia uma parada de ônibus, impossível deter-se ali. Encostou diante de outro prédio, mas já havia morado naquela rua. Na frente do parque, não. Alguém viria cumprimentar, sempre há alguém que lembra de você de algum lugar.
Não conseguindo estacionar o carro, foi obrigada a estancar o choro. Limpou o rosto com um lenço de papel que encontrou no porta-luvas, olhou pelo retrovisor para ver se a aparência denunciava sua situação, e resolveu que dava para enfrentar a vida, bastava não tirar o ray-ban da cara.
Chegando ao supermercado, pegou um carrinho de compras e consultou a lista que a empregada lhe dera. Farinha. Carne de segunda. Azeite. papel higiênico. Cebola. A mulher que ela não era assumira de novo o comando.
[Texto de Martha Medeiros, publicado em 23 de abril de 2006.]
Tenho muito, muito a escrever hoje.
Mas preciso fazer uns tais relatórios antes.
Acho que vou postar uns 6 textos hoje.
Todos um lixo, claro.
Mas preciso falar...fazer o quê?
Jan 9, 2009
Fazia um certo tempo que isso não acontecia e talvez, por isso, ela sofreu mais. Foi como se tivessem percebido que ela "baixou a guarda", relaxou, deixou de ter medo. Bastou isso para que voltasse. E voltou com força, batendo, machucando, ferindo; ela não conseguiu conter as lágrimas - ela quase desitratou de tanto chorar.
Seu olhar estava sem brilho, sem cor, sem força, sem energia. Seus olhos, vermelhos. Seu rosto, pálido.
Ela entrou e decidiu que seria melhor não cumprimentar ninguém. Para evitar a fadiga, você sabe. Ela sentiu que era observada, mas fingiu não perceber. Não tinha forças, literalmente, para olhar para ninguém, muito menos dar explicações ou, pior, inventar desculpas para aquele choro, aquele humor. E ninguém ali a conhecia mesmo.
Sentou-se e pensou. E antes disso, voltou a chorar. Comedida, claro. Afinal...E tomou remédios e falou com a melhor amiga; nada adiantou. Ela estava emocionalmente fragilizada, fraca e destruída.
Foi dormir assim, com a leve esperança de, em um novo dia, acordar melhor.
Não acordou.
Jan 6, 2009
Umas coisinhas que preciso dizer pra umas duas, três, quatro pessoas...
5 comentários Postado por C.L. às 2:37 PMJan 3, 2009
Tenho o prazer de anunciar a vocês que, a partir de hoje, este blog ganhou um perfil no orkut!
Vocês são todos, sem exceção, muito bem-vindos! Espero, sinceramente, encontrá-los todos lá!
Beijos e um feliz 2009 a todos!
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=1470708032318454847
Acessem e me adicionem, ok? Não consegui encontrar vocês por lá!